miércoles, 20 de agosto de 2008

Enigma de nós dois (por Nana Firmino)

Você e eu: um enigma
Amigos? Talvez...
Completamente enredados na teia do encantamento

Que dizer do nosso tempo?
Que difere de outros tempos
Um tempo que faz tão bem

Ah, esses nossos momentos...
Que o tempo pára pra ver
Podiam passar mais lentos

Melhor não falar do tempo
Pra ele não ser cruel
E levar nossos momentos

Melhor esquecer do tempo
E contemplar bem lá no céu
Estrelas e lua, atentos

martes, 5 de agosto de 2008

Por que o nosso coração é rebelde? (por Nana Firmino)

nosso coração é rebelde
por trazer dentro de si a faculdade de amar
e o amor
não tem um tempo e um espaço precisos
a qualquer hora
em qualquer lugar
pode chegar
intenso
rebelde
e nesse instante mágico
às vezes alegre
às vezes sofrido
nossas armas da razão
em nada podem ajudar
nem sabem mesmo explicar
a alegria dos encontros
a tristeza dos desencontros
por que os desencontros existem
e assim é nossa existência
cheia de encontros e desencontros
o espaço e o tempo do amor que sentimos
nem sempre coincidem com o espaço e tempo daqueles que amamos
e o espaço e o tempo daqueles que nos amam
nem sempre coincidem com nosso espaço e tempo de amá-los
parece mesmo tudo uma grande confusão
daquelas de partir o coração
em mil pedacinhos
mas, que sempre se juntam outra vez
pois o coração sempre se refaz
porque o amor nunca se acaba
o amor sempre se renova
num tempo e espaço que desconhecemos
vem a alegria e a surpresa de: AMAR OUTRA VEZ!


Olhos, alma e sentido (por Nana Firmino)

Escrevo
Nas mal traçadas linhas
Escrevo
Sobre tudo o que vejo
E o que meus olhos alcançam

Ah, meus olhos...
O que eles alcançam?
Vão além da estética
Muito além daquilo que perece
Eles chegam à alma

E a alma...
Ah, esta não padece
Dos males de que padece a roupa que a reveste
Ela vive e sobrevive a tudo, é perene
Nem mesmo à gravidade sede, posto que é leve leve

Sim...
Meus olhos alcançam à alma
Que é como o mar, a imensidão
O mar e seus mistérios, ora quieto ora inquieto
No leva e traz de suas ondas, nem tudo explica a razão

Por trás das formas, há mais
Muito mais que meras formas
Em que esbarram alguns olhos
Que não conseguem enxergar:
As formas têm conteúdo

É...
Meus olhos alcançam no corpo a alma
E o conteúdo das formas

Alma e conteúdo, sinônimos
Ao passo que revelam todo o sentido
Revelam todo o não-sentido do corpo e das formas

Há aqueles olhos, porém
Que conscientes escolhem
Tudo o que é não-sentido
Tudo que veste e reveste
O mundo desconhecido

Há os olhos que preferem
O mundo das aparências
Preferem convictos atirar-se
No abismo de um deserto
A mergulhar no mar da essência

Por que insistem alguns olhos
Na miopia da estética?
Mundo das aparências
Onde o falso belo aproxima
E o falso feio repulsa

Ah, olhos tolos
Os que de mentiras vivem
Da verdade têm medo e não vêem os perigos
De descartarem a essência
E seguirem no mundo perdidos

Ah, meus olhos
Míopes até podem ser
Mas de uma coisa estou certa
Miopia da estética não há de ser
Preferem buscar sentido em tudo enquanto viver

Sei...
Meus olhos podem até vir a sofrer
Diante da essência, do conteúdo das formas
Mas preferirão sempre ser olhos participantes
A ver a vida passar como meros espectadores

Aqueles olhos tolos que me perdoem
Mas essência e sentido são fundamentais

Feita essa descoberta
Senti-me mais leve
Em paz

Do corpo, escolhi a alma
Das formas, o conteúdo
E na busca do sentido
Convivo bem mais feliz
Com o belo e o feio que há em tudo

Que leveza sinto em meu ser
Ao essas mal traçadas linhas escrever
Sobre tudo aquilo que vejo
E que os meus olhos alcançam

Meus olhos alcançam à alma


domingo, 3 de agosto de 2008

Ellos son como pájaros que migran...(por Nana Firmino)

Ellos son como los pájaros que migran

Pero no tienen la misma suerte

Observados son como los pájaros

Pero no tienen la misma suerte

Los pájaros en su vuelo libre

Eligen el sitio que mejor les convienen

Alzan vuelo y cruzan los continentes

No se les interponen ciertas fronteras

Cuando encuentran el ambiente más adecuado

Posan y reposan despertando la curiosidad

Son respetados y contemplados

Los otros, ellos, en su vuelo

En busca de mejores condiciones

De libres tienen poco

Ya son tomados como infractores

Se les interponen fronteras

Cuando encuentran el ambiente tan soñado

Que se les puede suponer mejores condiciones

Se les cae encima la cruda realidad

A ellos no se les permite siquiera posar

Menos aún se les consiente reposar

Son de otras partes, de otros continentes

Son diferentes, de una cultura ajena

Al del lugar para donde volaran

Y que creían ser un sitio mejor para vivir

Su cultura no se la respeta y menos se la contempla

Sus costumbres y valores son extraños

Se les ríe en su cara, se les rechaza

Se les arrebata el derecho a una vida más digna

Se les usurpa la libertad

Ellos no tienen la misma suerte de los pájaros que vuelan libremente

No se les respeta, ni contempla y menos se les da un poco de amor

El desconocido, la diferencia, la diversidad y, sobre todo, la necesidad muchas veces asustan

Y parecen ofrecer peligro

Pobres de todos aquellos que no se les permiten a ellos tener la misma suerte de los pájaros.

Infortunados los que pierden la oportunidad de compartir, respetar y contemplar otras culturas ajenas a la suya y desaprovechan la posibilidad de aprender un poco de los demás (de ellos).

¿Qué tal una dosis mayor de amor y de respeto hacia ellos?

¿Qué tal un poco menos de estas fronteras de la ignorancia?

¿Qué tal se les permitir a ellos tener la misma suerte de los pájaros, es decir de volar libremente para donde se encuentren mejor, de ser contemplados y respetados?

¿Qué tal aprender un poco de ellos?

Hay quien se crea el centro del universo, perteneciente a una cultura superior, y es tan o más prisionero que cualquiera, pues vive encerrado en una burbuja, que por más desarrollada, es frágil.

Las culturas no son superiores unas a las otras, sino diferentes.

El egocentrismo es un arma peligrosa que hiere, ofende, siembra miedo, odio, indiferencia, ignorancia, desamor, prisión y toda suerte de cosas reprochables.

No se aprende de una cultura atribuyéndole estereotipos, sino conociéndola desde de dentro.

La capacidad de aprender no está en decir “yo soy”, sino en preguntar ¿cómo eres tú?

¡Ama a tu semejante como a tí mismo!